Não é o mesmo o valor de todos os aminoácidos, e de seu valor desigual em nutrição e do teor em que figuram nas várias proteínas é que decorre o chamado valor biológico das mesmas, havendo variações quanto aos teores de suas necessidades. Os aminoácidos que o organismo não pode sintetizar são encontrados nas chamadas proteínas completas que contêm todos os aminoácidos, em quantidade suficiente e na proporção correta para manter o equilíbrio nitrogenado e o crescimento orgânico. As proteínas incompletas são aquelas que apresentam deficiência de um ou mais aminoácidos essenciais.
Para calcular os teores de aminoácidos, utiliza-se a determinação do valor protéico, pois o indivíduo encontra-se em equilíbrio nitrogenado quando a ingestão de nitrogênio através das proteínas acha-se aproximadamente igual à perda de nitrogênio pela urina e pelas fezes, pois a supressão de um aminoácido essencial ocasiona resultados negativos no referido balanço, assim como provoca o aparecimento de diversos quadros patológicos.
Os não-essenciais são aqueles que o organismo pode sintetizar em teores suficientes, desde que a quantidade total de nitrogênio fornecida seja adequada, e todos os aminoácidos achem-se organizados, o que é determinado pelo código genético (DNA), ácido desoxirribonucléico, que é encontrado no núcleo de cada célula.
As necessidades de cada aminoácido sofrem variações pelo seu teor insuficiente ou pela ausência de síntese, assinalando-se que esses aminoácidos devem ser adequadamente denominados de dispensáveis ou indispensáveis, de acordo com o quadro patológico em questão, em vez de essencial ou não-essencial.
A histidina é considerada essencial nas crianças recém-nascidas e em pacientes urêmicos para melhorar a síntese renal, não estando sua essencialidade para adultos bem estabelecida. A cistina e a taurina podem ser essenciais em prematuros, que não as sintetizam de maneira adequada a partir da metionina, sendo que a capacidade do prematuro para sintetizar a tirosina tem sido questionada.