O arroz é um cereal de grande valor nutritivo, mas não como o homem moderno o consome.
Muitas vezes, em nome do progresso, o homem prejudica-se seriamente. Todo verdadeiro progresso deve respeitar a saúde e o bem-estar humanos.
A título de “progresso”, processa-se hoje o arroz nos moinhos, até que fique completamente branco, perdendo com isto muita mais da metade de seu valor nutritivo (pode chegar a 75% de perdas), que está justamente na película escura grudada como revestimento no grão.
Isto depois é dado aos porcos no farelo e este animal cresce forte e sadio, enquanto o homem come o alimento empo-brecido, o resto, a sobra do arroz.
E é justamente o farelo, esta casquinha grudada no grão do arroz, que ajuda a combater a prisão-de-ventre tão comum e prejudicial à maioria das pessoas.
Nosso intestino precisa de alimento fibroso, celulose, farelo, para funcionar bem. Arroz branco, por isso, prende o intestino, é rico em goma, cola e gruda nas vilosidades.
Antigamente, só se comia arroz integral, isto é inteiro, só eliminando a casca protetora externa. Socava-se o arroz em um pilão de madeira. Este arroz é nutritivo e saboroso. Hoje, se quisermos comer arroz integral, não precisamos voltar ao antigo pilão, pois basta-nos ir ao moinho e pedir o arroz inte-gral – o da 1ª bica da máquina.
A película, que reveste os grãos do arroz integral, é rica em hidratos de carbono, óleos, proteínas, vitaminas: A, B1, B2, B6, B12, niacina, ácido nicótico, ácido pantotênico, pro-vitaminas C, E e minerais em grande quantidade. Quando é re-tirada a película, a grande maioria destes componen-tes/nutrientes se perdem.
Quando se refina o arroz até deixá-lo branco completa-mente, destrói-se-lhe também o germe e ele não tem mais vida; é portanto um alimento morto. Mas um grão de arroz integral continua tendo vida e, se for enterrado, germina.
Além disso, o farelo de arroz que se dá aos animais é, justamente, um bom produto que combate, inclusive, o excesso de colesterol e é excelente eliminador de toxinas em geral.
Sabemos, também, que muitas vezes o arroz branco é tratado artificialmente com glicose e até com parafina, para ficar brilhante e, com talco neutro, para ficar soltinho (como é o caso do arroz maleKizado).
Ora, tudo isso é artificialismo desnecessário e pre-judicial à nossa saúde.
Alguns dizem que não gostam do arroz integral ou que é mais feio.
Está na hora de nos ocuparmos com o valor nutritivo dos alimentos, acima de tudo, sem nos preocuparmos com o aspecto, a cor, pois comemos com a boca e o estômago, não com os olhos.