Devo dirigir-me a um clínico geral?

Durante a formação acadêmica em Medicina, a disciplina Nutrição não ocupa mais de seis meses do currículo médico, embora, somada às outras disciplinas básicas a que os futuros médicos se dedicam e estudam, os clínicos gerais tornem-se aptos a avaliar as possíveis causas do sobrepeso.

No curso de Medicina, várias horas são consagradas ao diabetes, à elevação da taxa de colesterol ou de triglicerídeos, à gota e à constipação. Restam cerca de três horas mais especificamente consagradas à alimentação de pessoas sadias e duas horas para os cuidados em caso de excesso de peso…

É por isso que, se o médico não tiver a preocupação em participar, buscando uma formação médica contínua (infelizmente ainda facultativa), de seminários especificamente consagrados ao tratamento da obesidade e do excesso de peso, ele estará mal preparado para responder a perguntas específicas de paciente que o procuram para emagrecer.

Seus conselhos se resumirão, em geral, à prática de um regime hipocalórico – regime em que o aporte calórico diário é reduzido (e do qual ele poderá entregar ao paciente uma de várias cópias padronizadas que possuir) – e à prescrição de um medicamento, se lhe parecer indicado. Na verdade, esse médico tem competência mais para traçar diagnósticos e tratamentos para as complicações (diabetes, colesterol aumentado, problemas vasculares etc.).

Quer dizer, apesar de toda a boa vontade do médico generalista, ele está, em geral, mal preparado para prescrever cuidados contra o excesso de peso em todas as suas dimensões nutricionais, comportamentais e psicológicas. Aliás, ele tem tendência a enviar o paciente para um médico especialista.

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